segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

FÍSICA NO FUSCA - A matéria que foi ao ar no Vanguarda Mix, com Jonas Almeida

Esse cara desafiou a lei da gravidade

O capoeirista Fred
Como capoeirista sou um ótimo professor de Física. Quem assistiu a minha "performance" na TV pôde perceber.

Lembra quando eu estava contando sobre a gravação da matéria para a TV? Pois é. No capítulo "Física para desinteressados", quando pegamos alguns transeuntes "no laço" pra dar algumas aulas pra eles enquanto se exercitavam no Lago do Taboão, conhecemos essa figura (veja fotos a seguir).

Ele...

... e suas Havaianas

"Você gosta da Física?"

"Sim"

"Do que você mais gosta na Física?"

"Abdominais, exercícios..."

Depois desse papo que desafiou as leis da semântica, fui convocado pelo apresentador a fazer uma relação da Física com a capoeira, esporte praticado pelo cidadão em questão. O que me veio à cabeça, foi falar sobre o equilíbrio. Repare em todos os esportes de luta (ou outros) cujo objetivo é manter o corpo equilibrado em pé. Três coisas são fundamentais pra isso: uma boa base, uma boa massa (parece que estou dando receita de bolo...) e deixar essa masssa o mais próxima possível do ponto de apoio (o chão, no caso).

Não é o que você está pensando, só estou falando sobre equilíbrio
Em situações onde corremos o risco de perder o equilíbrio, nosso instinto faz com que caminhemos abaixados (abaixo o CG) e com as pernas mais abertas do que o normal (base maior). Quando você está andando em um lugar escorregadio, em uma trilha cheia de líquens nas rochas (agora virou Biologia), como perto de uma cachoeira, por exemplo, nossa primeira providência é caminhar meio abaixados, certo? Assim aproximamos o nosso centro de gravidade (não confundir com centro de gravidez, que fica em outro lugar) do chão, nosso ponto de apoio em quase todas as situações. Dessa forma fica mais fácil manter o equilíbrio de rotação ou torção (torque neles!) do nosso corpo que invariavelmente está sujeito à força peso. É tudo culpa da Terra!.

Olha o que ele fez em menos de um metro quadrado! Foi quase um "facão" do Guile
À propósito: pense no centro de gravidade (ou de massa, como preferem alguns) como um ponto onde toda massa de um corpo estaria concentrada. É ali que podemos, a fim de simplificar uma situação prática, visualizar a aplicação da força peso.

Observar os lutadores de Sumô e Judô nos dá uma boa noção da aplicação dessas leis da Estática (área da Física que estuda os corpos em equilíbrio). Costumam levar vantagem os que são mais pesados e baixinhos, ou seja, aqueles que tem mais massa perto do chão. Falando nisso, acho que nunca contei que pratiquei Judô por uns dez anos, quase virei faixa preta, mas deixa essa pra outro post...

Beijo

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Da Terra da Linguiça para o mundo - esse é o Física no Fusca!

O "Física no Fusca" está sendo bastante comentado na mídia. Já falei por aqui de uma matéria muito interessante que o Jornal Em Dia (aqui de Bragança) fez sobre o projeto. O site "Portal Bragança" colocou a matéria do jornal na internet. Segue o link:

http://noticias.portalbraganca.com.br/braganca-paulista/231-jornal-em-dia/3099-unindo-a-teoria-a-pratica-professor-desenvolve-projeto-fisica-no-fusca.html


O Trovão Azul e eu, em versão P&B na capa do jornal

A matéria do jornal e da TV também renderam boas fotos, algumas das quais você pode conferir já no novo cabeçalho do blog. Vale destacar a brilhante contribuição artística da minha digníssima futura esposa no trabalho com o Photoshop (não, ela não precisou me deixar mais bonito, sou assim mesmo).

Com essas e com outras, o "bando de loucos que gostam de Física" só tende a aumentar!

É daqui pro Fantástico, pra Science, pro NY Times...

Beijo

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

São tantas emoções...

Como diria o Rei: "são tantas emoções...".


Será que ele gosta de Física?

Ontem meu dia de físico foi recheado de grandes emoções.

De manhã, depois de uma aula no primeiro ano, vi um bilhete em frente à escada do prédio do Ensino Médio onde estava escrito "Follow the corda [sic]". O bilhete estava amarrado em um barbante trançado na escada e parecia seguir assim até o pátio. Minha curiosidade e minha chatice, respectivamente, fizeram com que eu tivesse vontade de seguir o barbante e corrigir a "corda". Escrevi um rope e um wire ao lado e entre parênteses no bilhete.

Fui seguindo o bilhete e vi que, estranhamente, alguns alunos do primeiro ano estavam me incentivando a continuar. Eles me seguiam e me filmavam (?). Parecia que sabiam o que ia acontecer.

Fui parar no pátio e a cada desembaraço do barbante, entre pilares, portas e corrimãos, lia bilhetes que começavam a ter frases "engraçadinhas" que costumo usar nas aulas com eles, como por exemplo: "Vamos por no gráfico?", ou "Que mole atrás de você (em alusão à fórmula do calor latente)". Aí percebi que o negócio era pra mim.

Tive até que subir em um barranco pra desembaraçar o barbante de um coqueirinho que tem lá na escola. Finalmente, quando tinha terminado, estava na quadra. Nela estavam todos os meus queridos alunos do terceiro, autores da "peça" que tinham acabado de me pregar. Cada um deles segurava uma sulfite. Contaram até três e as viraram. Em cada uma estava impressa uma letra que formava a frase: "QUER SER O NOSSO PROFESSOR HOMENAGEADO?" (a formatura deles está chegando, sabe como é).


Alguns dos anjinhos

Obviamente, fiquei muito emocionado, mas eu sou um cara durão, tenho uma reputação a zelar! Comemorei de forma bem máscula! Depois de eles me jogarem pra cima e de eu ter ficado uns instantes deitado no chão curtindo o momento, abracei-os um a um. Formavam uma roda e pediram: "Discurso, discurso, discurso!". Meio que no improviso, fui lembrando do tempo que passamos juntos. Caramba, foi todo o Ensino Médio! Falei sobre a importância de refletirmos e fazermos um balanço quando encerramos ciclos nas nossas vidas. O mais importante é o quanto cada um de nós ia levar de cada um dentro de si pra onde quer que fôssemos. Essa é a maravilha de conviver! Disse a eles o quanto queria que tivessem sucesso e fossem felizes. Foi aí que toda a minha "macheza" foi, literalmente, por água abaixo. Caiu um cisco no meu olho e... eu dei uma choradinha...

Eu...




... mais esse cara = profesor homenageado
Não deu pra evitar, pô! Foram anos de convivência ao lado daqueles trastes! Eu os vi crescer, por dentro e por fora. Em alguns até nasceu barba, pêlos na perna, no sovaco e por aí vai (sem maiores detalhes). E cresci muito com eles também (pena que só por dentro...).

Fiquei muito feliz com a homenagem, queridos! Sejam felizes!

Depois tem mais, vou publicar um trechinho do vídeo que eles fizeram.

Como nem tudo são flores, vou falar também das emoções que vivi em uma tarde de aulas de recuperação. Mas por enquanto, compartilho apenas a minha alegria.


Beijo