segunda-feira, 28 de março de 2011

Resistores eu estudo aqui!

Continuando com a série "musiquinhas pra memorizar", dessa vez eu pedi ajuda para o meu amigo Roberto Carlos. Quem não conhece a bela "Jesus Cristo" do Rei?

Tenho conversado bastante com meus colegas professores e com meus alunos perguntando-lhes a opinião a respeito de usar músicas no estudo de determinado conteúdo. As opiniões são muito variadas. Eu mesmo, confesso, ainda não tenho uma opinião plenamente formada a respeito. Penso que o problema é quando o aluno pensa que basta "decorar" a letra da música e tudo bem. Dessa forma, ele pode achar que é preciso decorar fórmulas e conceitos para "se dar bem" na Física.

Por outro lado, os alunos se divertem muito com as paródias! E na minha opinião, é muito importante que a construção do conhecimento seja divertida. Se os conceitos forem bem trabalhados durante as aulas, uma musiquinha pode ajudar a "firmar" as ideias na cabeça. Quem sabe engajar os alunos na composição das paródias, depois de terem estudado um assunto, não seja uma via para eles sedmentarem melhor as ideias?

Enfim, para ajudar a formar a minha e a sua opinião sobre isso tudo, segue a minha versão de Jesus Cristo, intitulada "Jesus Cristo e os resistores":

Jesus Cristo e os resistores
(Música: Roberto Carlos. Letra: Prof. Fred Zenorini)

Harmonia: (Em        G         Bm      Am)

Resistores, resistores
Resistores eu estudo aqui

Resistores, resistores
Resistores U é R vezes i

Olho pro fio e vejo uma nuvem de elétrons que vai passando
É a corrente elétrica que os resistores vão dificultando

Conto com a tensão pra manter as cargas em movimento
Divido pela corrente e a resistência eu obtenho

Resistores, resistores
Resistores eu estudo aqui

Resistores, resistores
Resistores U é R vezes i
Se o resistor é ôhmico a resistência é sempre igual
Ela depende do comprimento, de sua área e do material

U é R vezes i que “não resiste à rola” eu não vou repetir
George Ohm que inventou a história não brigue comigo eu não tô mais aqui!

Resistores, resistores
Resistores eu estudo aqui

Resistores, resistores
Resistores U é R vezes i

quarta-feira, 23 de março de 2011

Conto uma onda no mar (Lulu Santos, Nelson Motta e Fred Z)


Nada do foi será de novo do jeito que já foi um dia! Pois é, a partir de agora vou usar meus "dotes de compositor" (isso mesmo, compositor) em prol da Física!

Todo mundo conhece a música do Lulu, né? Acontece que hoje de mahã vi que os alunos ficaram super empolgados com umas musiquinhas (daquelas que nos ajudam a memorizar certos conceitos) que a professora Tássia de Biologia (beijo pra ela!) tinha mostrado pra eles.

Confesso que não sou muito a favor de somente decorar as coisas (e acho que nenhum professor deve ser), mas penso que um pouco de memorização pode ajudar, principalmente na hora do vestibular.

Portanto, senhoras e senhores, sem mais delongas, apresento a minha versão de "Como uma onda" do Lulu. Com vocês, da série "Musiquinhas para decorar a Física", com cifras e tudo, "Conto uma onda":

Conto uma onda (na Física)
Prof. Fred Zenorini

A
Nem mais um ponto será
                    C#m                         A
De novo do jeito que já foi um dia
            A                          Cdim              Bm   F#7
A onda passa, oscilando sempre, passará


           Bm               F#7
A energia vem em ondas
                  Bm         B7
Não só no mar (ar, ar, ar, ar)
            B7            E7      F       G
No universo infinito


A
O período é o tempo que só é
                      C#m                     A
Igual ao que você viu há um segundo
                    A                       Cdim            Bm      F#7
Tempo é período e a frenquencia eu mudo (ô, Ô)

F7
É só inverter a razão
         A                       A#dim    Bm    C#m      Dm
E o comprimento eu vejo agora      quando

F                   G            A
Conto uma onda no mar
F                   G            A
Conto uma onda no mar

A
Espaço e tempo dão velocidade
                            C#m
Igual ao que estudei no MRU
          A                         Cdim
A diferença é que pras ondas
      Bm      F#7
Espaço é lambda

                A 
Onda mecânica é a que vibra o meio
                  C#m
Eletromagnética é diferente (olha a luz!)
                
A                                          Cdim        Bm    F#7
Por isso o som não se propaga no vácuo

F7                                                 A                      
Velocidade é o lambda pelo período
              A#dim    Bm    C#m   Dm
Ou vezes a frequencia


F                   G            A
Conto uma onda no mar
F                   G            A
Conto uma onda no mar

terça-feira, 15 de março de 2011

MU, MUV, Hot Wheels e Galileu

Em algum lugar do espaço tempo, perto dali, um professor de Física tentava deixar uma aula sobre tipos de movimento (os velhos MU e MUV) um pouco mais interessante...

A aula desse vídeo foi dada o ano passado, a edição foi feita por uma ex-aluna minha chamada Brenda (beijo pra ela!). Ocorre que hoje dei uma aula parecida com essa, usei a minha pistinha " Hot Wheels cover" e tudo mais. Sempre me impressiono como os alunos se divertem, se aplicam e aprendem (não necessariamente nessa ordem) numa aula dessas! Enquanto eles quebram a cabeça pra montar a pista, pra fazer o carrinho andar direitinho, pra conseguir fazê-lo dar o looping, vejo futuros engenheiros, arquitetos, projetistas e, melhor, vejo pessoas criativas e felizes! É como diria uma outra professora de Física amiga minha: "Quem sabe Física é mais feliz"!

E diz a lenda que ninguém menos que Galileu Galilei fez uma coisa parecida quando estudava e investigava as causas e as consequências da queda dos corpos. Tá certo, ainda não existia o Hot Wheels, o que fez com que ele usasse coisas menos legais como esferas metálicas e um plano inclinado... Mas graças a ideias como essas, ainda hoje, falamos dele quando estudamos as "leis do movimento".

Olha ele aí!
E tenho "o Dito"!

Beijo

terça-feira, 1 de março de 2011

Cuidado com o trio elétrico eletrizado

Uma catástrofe abalou o Sul de Minas no último final de semana. O que era pra ser só uma festa de carnaval antecipado na cidade de Bandeira do Sul (perto de Poços de Caldas), acabou em uma tragédia que matou 15 pessoas e deixou outras 50 feridas. Por que estou falando de uma tragédia dessas num blog de Física? Virei o "Fred Datena"? Não. Acontece que a tragédia teve causas eletrostáticas e eletrodinâmicas.

Alguém atirou uma espécie de "serpentina metálica" para o alto. As imagens que encontrei não mostram quem jogou, mas o fato é que coisas metálicas que podem ser jogadas para o alto não combinam com carnaval de rua.

Primeiro porque os metais são bons condutores de energia (tanto térmica quanto elétrica). Aliás, por que os metais são bons condutores energéticos? A resposta passa pela maior liberdade de movimento que os elétrons têm na estrutura de um objeto metálico, e quanto maior a liberdade de movimento dessas bolinhas de energia, maior a condutividade.

Segundo porque os fios que transportam a nossa energia elétrica pelas ruas estam submetidos a uma tensão da ordem dos 10 mil volts. É muita tensão! Uma tensão dessas parte de um campo elétrico que não há isolante (mau condutor, tipo uma borracha) que segure. É muito perigoso!

Para o azar dos foliões, a serpentina que foi jogada pro alto gerou um curto-circuito (quando ocorre uma grande descarga elétrica num corpo de resistência elétrica baixa) e fez com que um fio de alta tensão tocasse o trio elétrico que estava logo abaixo. Toda aquela sonzeira, metaleira, aquaceira geraram um terreno fértil pra que uma violenta descarga elétrica passasse não só pelo trio, mas por todo mundo que estivesse nas redondezas. É como se as pessoas no trio elétrico tivessem feito um grande fio-terra (com o perdão do trocadilho).

O fio solto do acidente

Pra você entender melhor o fio-terra e os pararraios
O efeito de um choque elétrico no nosso organismo pode ser fatal. Tudo no nosso corpo é movido a corrente elétrica. O bater do seu coração, a leitura desse texto, a decisão de fechar uma mão pra pegar uma caneta, tudo isso envolve um sinal elétrico, um impulso elétrico entre o nosso sistema nervoso e o resto do corpo. Imagine a confusão que uma descarga elétrica violenta e inesperada pode fazer com o seu corpinho?

Pois é, queridos. Quando se fala em eletricidade, todo o cuidado é pouco. A mesma energia que faz a nossa vida ficar tão mais confortável, pode nos matar. Nesse carnaval, se cuide. Nada de beber demais, de sexo sem camisinha e de ficar por perto de trios elétricos eletrizados.

Beijo